terça-feira, 24 de maio de 2011

Vícios - Tabagismo

Definição: dependência física e psicológica do consumo de nicotina, substância presente no tabaco.
Incidência: dos 16 aos 60 anos.
Causas: factores socioculturais e económicos; saúde emocional e psíquica; baixa auto-estima; predisposição genética; stress; depressão; reforços positivos (busca de prazer) e negativos (evitação de dor).
Consequências: cancro do pulmão; doença coronária; doença pulmonar obstrutiva crónica; derrame cerebral; problemas económicos, sociais; cancro da boca; cancro da laringe; cancro da pele; debilitação do sentido da visão; distorção do ponto de foco visual; debilitação do olfacto; lesões nas gengivas; perda de dentes; rouquidão; enfisemas pulmonares, bronquite, asma; aumento da pressão arterial; obstrução de vasos sanguíneos, aumento de colesterol; ataques cardíacos; úlceras estomacais;
Componentes: monóxido de carbono (gás incolor e inodoro que resulta da combustão do cigarro; possui uma afinidade com a hemoglobina superior à do oxigénio, pelo que reduz a capacidade de oxigenação dos tecidos e interfere nos sistemas enzimáticos; aumenta a viscosidade do sangue e provoca lesões nas veias e artérias; existe em maior concentração no fumo dos cigarros do que no fumo dos escapes dos automóveis); metais pesados (chumbo e o cádmio - causam dispneia, enfisema, fibrose pulmonar, hipertensão, cancro nos pulmões, próstata, rins e estômago; níquel e arsénio – causam gangrena dos pés, danos no miocárdio); gases irritantes (cetonas, acetaldeído, acroleína, entre outros - estimulam a produção de muco nos pulmões, dificultam a expectoração, provocam tosse e bronquite crónica); nicotina (alcalóide amarelo pálido; causa dependência e provoca taquicardia, hipertensão arterial e vasoconstrição periférica por induzir a síntese de acetilcolina, adrenalina e noradrenalina; estimula igualmente a produção de dopamina, glutamato e a libertação de endorfina); alcatrão (substâncias aromáticas capazes de se ligarem ao DNA, formando erros que provocarão o aparecimento de células cancerígenas que originam e espalham o cancro em diversos órgãos); amónia (usada nas limpezas de pisos e azulejos, é corrosiva); propilonoglicol (usado em desodorizantes e sprays; faz a nicotina chegar ao cérebro); acetato de chumbo (presente na fórmula de tintura para cabelo; é cancerígeno); formol (conservante); naftalina (para matar as baratas); fósforo (entra na preparação de veneno para ratazanas; é venenoso e letal, dependendo da porção ingerida); acetona (usado para remover o esmalte; é inflamável); terebintina (dilui tintas a óleo e limpa pincéis; substância tóxica extraída de resinas de pinheiros); xileno (presente em tintas de caneta; é inflamável e cancerígeno); butano (gás da cozinha; mortífero e altamente inflamável).
Curiosidades: o tabaco mata mais que a SIDA, álcool, obesidade e drogas juntos.
Prevenção: informar e formar; comprometer instituições com objectivos comuns; detectar precocemente.

Vantagens de Fumar: probabilidades muito baixas de se tornar sexagenário; total independência das mulheres; capacidade de esvaziar uma sala, sozinho; mais cedo do que esperado, irá descansar em paz na terra de Marlboro com os seus colegas.

Vícios - Drogas (Substâncias Psicoactivas)

Definição: toda a substância química que age sobre o SNC alterando a função cerebral, a percepção, o humor, o comportamento e a consciência.
Tipos: depressores (diminuição da actividade motora, da reactividade à dor e da ansiedade, sendo comum um efeito euforizante inicial e um aumento da sonolência, posteriormente. Exemplos: álcool, benzodiazepínicos, barbitúricos, opiáceos); estimulantes (aumento do estado de alerta, insónias e aceleração dos processos psíquicos. Exemplos: cocaína, anfetaminas, nicotina e cafeína); perturbadores/alucinogénios (provocam o surgimento de diversos fenómenos psíquicos anormais, como alucinações e delírios, sem que haja inibição ou estimulação globais. Exemplos: cannabis, LSD, ecstasy e anticolinérgicos).
Incidência: adolencência.
Sintomas: euforia; excitação nervosa, insónia, loquacidade, aumento do grau de confiança e da auto-satisfação, agitação, agressividade, falta de apetite, fadiga, hiperactividade, transpiração, sede, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento da tensão arterial, náuseas, má disposição, dor de cabeça, vertigens, febre, inquietação; alucinações; irritabilidade; insuficiência respiratória; impotência.
Causas: fins recreacionais (alteração propositada da consciência), rituais ou espirituais (uso de enteógenos), científicos (funcionamento da mente) ou médico-farmacológicos (como medicação); transtornos de ansiedade, humor, pânico;
Consequências: dependência física ou psicológica; fracasso em cumprir obrigações; problemas legais, sociais; isolamento; perturbações de consciência; diminuição dos reflexos; debilitação do ritmo cardíaco; anemia, hepatite, descoordenação motora, entorpecimento da fala; convulsões; depressão; overdose (morte).
Administração: ingestão; inalação, injecção intramuscular ou intravenosa; via rectal.
Diagnóstico: exames toxicológicos.
Tratamento: reabilitação; psicoterapia; grupos de apoio; uso de outras substâncias psicoactivas que ajudam a interromper o ciclo de dependência.
Curiosidades: são várias as razões que levam a experimentar drogas, como a satisfação de curiosidade a respeito dos efeitos das drogas; a necessidade de participação em um grupo social; a expressão de independência; ter experiências agradáveis, novas e emocionantes; a melhora da “criatividade”; favorecer uma sensação de relaxamento; fugir de sensações ou vivências desagradáveis.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vícios - Modificações Corporais

Definição: alteração deliberada e permanente do corpo humano por razões não médicas. Consiste em qualquer alteração realizada em qualquer parte do corpo, com o intuito de diferenciar o indivíduo de outros.
Tipos: tatuagens, piercings, inclusão de corpos estranhos (metal, madeira, silicone), escarificação (cicatrizes através de cortes), cirurgia plástica, queimaduras.
Vantagens: moda; quando realizadas por profissionais e em ambiente esterilizado, são bastante seguras; modo de expressão artístico.
Desvantagens: se não forem desinfectadas ou se a pessoa for alérgica, pode gerar infecções graves que deixam cicatrizes; em casos severos pode originar envenenamento do sangue; os piercings podem acidentalmente perfurar um nervo provocando dor e perda de sensibilidade.

Tatuagens: aplicação subcutânea de pigmentos por agulhas.


Cirurgia Plástica: permite uma aparência de proporcionalidade/equilíbrio; reconstituição de partes do corpo por razões médicas. Desvantagens: efeitos secundários da anestesia; dor durante a recuperação; morte; erro médico; infecções.


Branding: processo em que a pessoa tem a pele marcada por ferro quente. O resultado é uma cicatriz que fica permanentemente na pele. O processo normalmente é composto por linhas não conectadas, para garantir que os elementos, quando cicatrizados, não formem símbolos disformes.


Implante transdermal: são colocados adornos debaixo da pele através de intervenção cirúrgica. Os riscos são os mesmos de qualquer outra modificação corporal “3D”, como possíveis inflamações, quelóides, além do risco de rejeição pelo organismo.


Alongamento de orelha: para uma cicatrização perfeita, o ideal é não ter pressa e começar com alargadores pequenos. É bom ter cuidado com a higiene para evitar o surgimento de quelóides ou infecções, que em alguns casos, podem alastrar. É importante ter em conta que, a partir de certo diâmetro, a orelha não regride.


Bifurcação de língua: “tongue splitting” é um procedimento cirúrgico em que a língua é cortada ao meio. Com o tempo, é possível mexer as duas partes individualmente.


Dentes lixados: consiste na alteração da aparência dos dentes, raspando-os com uma lixa para que fiquem pontiagudos.


Corsets: também chamado de “espartilho” ou “corpete” é um item do guarda-roupa feminino criados no século XVI para controlar as formas femininas da cintura e anca.


Beading: são implantadas pérolas sob a pele do pénis. Serve para aumentar os estímulos durante as relações sexuais.


Tatuagem de córnea: a córnea, camada invisível de tecido na parte frontal do olho, pode adquirir cicatrizes devido a lesões ou doenças, ficando manchas opacas. Utilizando esse princípio para tatuar os olhos, os tatuadores utilizam seringas.


Dilatação anal: é semelhante ao alongamento de orelha, mas não se usa uma jóia em redor do orifício.
Implantes extraoculares: uma camada superficial do olho é cortada para, em seguida, ser inserida uma pequena jóia.


Escarificação: cortes de bisturis com o intuito de formar uma cicatriz de acordo com o desenho desejado pela pessoa.


Pocket: semelhante aos piercings mas a haste fica para fora, e as pontas ficam dentro da pele.

Vícios - Telemóvel

O telemóvel foi concebido para facilitar a nossa vida, e assim é, quando usado apenas como uma máquina a que podemos recorrer. Infelizmente tornou-se um vício do qual ficámos dependentes.
Não se trata de quanto tempo passamos a falar ao telemóvel, o que é igualmente um problema, mas da necessidade de estar conectado para saber o que se passa e permanecer disponível.
Uma invenção relativamente recente tornou-se num bem de consumo de primeira necessidade.
É diferente dos vícios do álcool, drogas ou jogo, sendo difícil saber exactamente a problemática dos telemóveis. Grande parte da população mundial é afectada por este problema. Este tipo de vício não escolhe idades nem classes sociais.
É um facto de que um telemóvel se pode fazer útil em caso de perigo ou de urgência, mas por outro lado a privacidade e as horas de ócio são bastante prejudicadas.
No caso dos jovens, a mentira é comum para que tenham dinheiro para carregar os telemóveis; apresentam perturbações comportamentais e dificuldades em levar uma vida normal; mau aproveitamento escolar; ansiedade e stress; má audição; dores de cabeça mais frequentes; acidentes; problemas económicos…
O tratamento, como qualquer outro vício, deve focar-se no reconhecimento pelo próprio indivíduo de que tem um vício e deve moderá-lo, para que a sua vida não seja regida pela dependência.

Vícios - Jogo

O vício do jogo, como qualquer outro vício, é um comportamento compulsivo e obsessivo que afecta as relações pessoais, familiares e profissionais.
A generalidade das pessoas não admite determinados comportamentos compulsivos como fazendo parte de uma adição. Muitos pensam que só se é dependente de álcool ou drogas, coisas que são passíveis de dar “cabo da vida”.
A verdade é que somos dependentes de algo (substância ou comportamento) se a nossa vida gira à sua volta de tal modo que somos governados, e não governadores; quando a obsessão afecta as relações sociais e quando se está, percebendo-o ou não, a perder independência face a uma substância ou a um produto concreto.
Assim, a dependência instala-se quando o comportamento perante o jogo ocasiona consequências nefastas para o jogador compulsivo e familiares e amigos, e tal comportamento começa a ocupar grande parte dos pensamentos do indivíduo.
Tanto em jogos a dinheiro como em jogos de computador, o que interessa ao jogador é o poder e ganhar. Os jogos de computador se, por um lado, podem ajudar a desenvolver a capacidade de raciocínio, por outro, veiculam demasiada violência.
Seja qual for o estilo de dependência do jogo, o relevante é que o jogo é a prioridade total – não deixa tempo para mais nada.
Regra geral, é uma situação detectada já bastante tarde. No caso dos jogos a dinheiro, normalmente, a partir do desespero patenteado pelo dependente (susceptível de desencadear ideias de suicídio), que pode ter origem no facto de ter apostado tudo o que tenha algum valor. No caso dos jogos de computador, detecta-se tal como o vício da internet, pelo tempo excessivo passado ao computador, o isolamento social, a baixa de auto-estima e alterações de humor.  
A dependência do jogo pode coexistir com transtornos de ansiedade, do humor ou com a adição ao álcool ou às drogas e ter origem em factores genéticos e/ou psicossociais.
As técnicas de tratamento para a dependência do jogo são semelhantes às utilizadas no tratamento de dependências químicas. O indivíduo deve reconhecer a sua incapacidade de controlar o impulso de jogar e dispor-se a manter-se abstinente deste vício.
O apoio psicológico é uma das valências mais importantes do tratamento para a dependência do jogo, sendo que, no decorrer dos processos terapêuticos, o paciente vai interiorizando que não poderá voltar a uma mesa de jogo, por exemplo – por brincadeira, ou seja pelo que for –, se pretender manter-se em sanidade.

Vícios - Internet

Definição: distúrbio comportamental em que o indivíduo a utiliza de uma forma obsessiva e compulsiva, colocando para segundo plano as suas responsabilidades familiares, sociais e profissionais.
Incidência: jovens, especialmente rapazes.
Causas: factores sociais, psicológicos, culturais; baixa auto-estima; depressão.
Sintomas: constante preocupação por parte do indivíduo por estar “online”; mentir sobre o tempo passado a navegar e sobre o tipo de conteúdo visualizado; stress.
Consequências: cansaço excessivo, distúrbios do sono, falta de exercício físico, alimentação desregrada, dores de cabeça e nas costas, fadiga ocular, descuido com o corpo, dores musculares e de coluna, aumento de peso, isolamento social, alterações do humor, conflitos.
Diagnóstico: reconhecimento por parte de familiares/amigos.
Tratamento: terapia; promover o auto-reconhecimento, o aumento da auto-estima.

Vícios - Compras

O comportamento compulsivo de “ir às compras” não passa de uma forma de evitar a confrontação com a realidade ao fornecer ao indivíduo uma falsa sensação de controlo.
O acto de entrar numa loja e se deparar com uma série de secções em que pode escolher o que quiser e onde a sua escolha e opinião é que conta, concede ao indivíduo uma sensação de conforto e uma ilusão de que a sua vida fica preenchida, completa, perfeita.

A adrenalina e a fantasia que envolvem estes comportamentos deformam o sentido da realidade, trazendo uma falsa sensação de liberdade relativamente aos problemas da vida.

O comprar compulsivamente está normalmente relacionado com dificuldades em gerir sentimentos, pelo que a terapia de tratamento desta dependência se deve focar no ensino de processar, gerir e aceitar todos os sentimentos.
Existem diversos comportamentos que podem indiciar um problema de dependência das compras: euforia com os gastos, discussões acesas com outros acerca dos próprios hábitos de compras; mentir quanto ao valor pago por algum bem; comprar desenfreadamente como resultado de depressão, ansiedade, irritação ou solidão; pensar obsessivamente em dinheiro; sentimentos de culpa, vazio, vergonha ou constrangimento após uma maratona de compras…
As rupturas familiares, sociais e financeiras são iminentes e incrementam o desespero. Nos casos mais graves, é possível que ocorram alucinações, ataques de pânico e a procura de refúgio no álcool.
É um vazio existencial que se tenta preencher com valores materiais, mas que apenas dura no acto da compra. O vazio volta a aparecer sobre forma de culpa ao se deparar frequentemente com problemas económicos e a obsessão consequente provoca uma nova ida às compras.
Ir às compras “a este ponto” é um vício. Uma doença. E, como tal, requer um tratamento.

Vícios - Coleccionar

Coleccionar tornou-se algo tão banal que não é visto como um vício pois, normalmente, não traz consequências negativas e um vício é sempre visto como prejudicial.
As razões que levam alguém a formar colecções são variadas, desde tempo livre, ocupado assim a coleccionar algo, enquanto um passatempo (coleccionar porque apetece); recursos, monetários, por exemplo, que certas colecções requerem (coleccionar porque pode); ou pelo simples prazer que se tem no objecto da colecção (coleccionar porque gosta).
Assim, as colecções costumam ter um grande valor intrínseco económico e/ou sentimental, e duram anos, passando, por vezes, de geração em geração.
As colecções tornam-se uma fonte de informação e cultura importante para o enriquecimento e crescimento intelectual, seja pessoal ou dos interessados além de que é uma óptima terapia ocupacional.
Coleccionar “faz bem” quando há prazer e satisfação, e não impede a pessoa de viver a sua vida. Porém, quando o indivíduo se empenha tanto na colecção que se torna um vício, acarreta consequências negativas, monopoliza os pensamentos, confere excentricidade.
Pode levar o indivíduo a roubar para completar a sua colecção, a criar problemas económicos, ou mesmo sociais, ao dirigir todo o seu tempo para aquela actividade.
Como tudo, deve-se ter sentido de moderação e empenho q.b., para que não se torne em obsessão.

Vícios - Alcoolismo

Definição: consumo consistente e excessivo de bebidas alcoólicas ao ponto de este comportamento interferir com a vida pessoal, familiar, social ou profissional da pessoa.
Incidência: 8% da população mundial; afecta mais homens que mulheres, entre os 18 e 29.
Sintomas: negação; perda de eficiência; diminuição da atenção/julgamento/controlo); instabilidade emocional; delírios; alucinações; euforia; descoordenação muscular; vertigens/desequilíbrio; apatia; vómitos; incontinência urinária; dores abdominais; diarreia; gastrites; aumento do tamanho do fígado; perdas de memória; sonolência; neuropatia periférica (dormência, formigueiro); falsa sensação de segurança; anemia; diminuição das defesas imunitárias
Causas: factores socioculturais e económicos; saúde emocional e psíquica; baixa auto-estima; predisposição genética; stress; depressão; reforços positivos (busca de prazer) e negativos (evitação de dor).
Consequências: dependência física e psicológica; violência; debilitação física; susceptibilidade a infecções; AVC; inflamações do esófago e estômago; cirrose; pancreatites; úlceras; cancros; patologias neurológicas (demência); gota; desidratação; impotência sexual; problemas financeiros, profissionais, sociais, mentais e morais; irritabilidade; depressão; acidentes de viação; coma; morte.
Diagnóstico: análises ao sangue; relato de familiares/amigos.
Tratamento: desintoxicação; terapia de grupo e individual; psicoterapia; medicação (diminuir o desejo do álcool; bloquear o seu efeito de prazer quando consumido); terapia nutricional.
Prevenção: informar e formar; comprometer instituições com objectivos comuns; detectar precocemente.
Campanhas: os Alcoólicos Anónimos são uma comunidade de pessoas que partilham entre si a sua experiência, força e esperança para resolverem o seu problema comum e ajudarem outros na recuperação do alcoolismo, sendo o único requisito para ser membro o desejo de parar de beber.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alcoolismo                              http://www.aaportugal.org/
http://www.villaramadas.com/tratamentos/alcool/

Vícios - Adrenalina

Muitos dos vícios que se têm são derivados do vício da adrenalina. Fuma-se pela rebeldia; bebe-se pela competição; mata-se pela sensação de poder e superioridade; rouba-se pela sensação de liberdade, pela independência, pelo rush.
Porém, perante a possibilidade de evitar esses “agentes intermédios”, procura-se adrenalina pura, recorrendo-se à prática de desportos radicais.
«A boca seca, as pupilas dilatadas, a pele pálida, o coração célere, os pêlos eriçados, o estômago contraído. Em seguida, o alívio, a satisfação, o prazer. Estas emoções típicas das situações de alto risco encantam e atraem um número cada vez maior de adeptos em todo o mundo. Alguns mergulham no meio de tubarões; outros preferem andar de montanha-russa, vencer correntes em botes de borracha ou subir e descer encostas irregulares. Cada vez mais, pessoas de todas as idades procuram praticar snowboard, esqui, pára-quedismo, alpinismo, motocross, mergulho, bungee jumping …», todas com o mesmo objectivo: a adrenalina.
«Nada se compara ao prazer de ver as janelas a passar, o chão a crescer mesmo à frente. É a adrenalina, a emoção, o vento, tudo isso misturado», explica um viciado em adrenalina que já se propôs a mais de 700 saltos de base jump, um dos desportos com mais risco de morte.
Quem se propõe a estes desportos tem plena consciência do risco a que se compromete – tudo o que implicar alturas e não tiver a segurança devida, acaba em morte; o que implica altas velocidades e descurar o controlo, “com sorte”, aluga uma cadeira de rodas.
Porém, a descarga de energia sobrepõe-se ao perigo.
Quando a pessoa se prepara para a aventura, ocorre uma descarga de adrenalina preparando o corpo para duas reacções “inatas”: a fuga e a luta. É esta descarga que provoca a boca seca, o aumento da frequência cardíaca, a dilatação das pupilas e a distribuição do fluxo sanguíneo.
Durante a actividade, acciona-se a endorfina, um mediador químico, que amortece a dor e o desconforto provocados por eventuais lesões, pelo que muitas vezes só se dá por elas depois de nos termos acalmado, quando a actividade acaba.
Por fim, a dopamina vem actuar no centro de prazer do sistema nervoso, sendo responsável pela sensação de satisfação no final da prova.
É esta última substância que, se insuficiente, provoca no corpo a necessidade de actividades radicais para que se liberte mais dopamina e assim, possa ser satisfeita esta carência.
Assim, procura-se quebrar a monotonia e o “comum”; procura-se a sensação de prazer, liberdade, a coragem, a independência, o “ser radical”, o “estar vivo”.

Fobias - Agorafobia, Fobia Social e Fobias Simples

Definição: medo ou aversão exagerada perante situações, objectos, animais ou lugares.
Tipos: agorafobia (medo de estar em lugares públicos concorridos, onde o indivíduo não possa retirar-se de uma forma fácil ou despercebida); fobia social (medo perante situações em que a pessoa possa estar exposta a observação dos outros, ser vítima de comentários ou passar perante uma situação de humilhação em público); fobia simples (medo circunscrito diante objectos ou situações concretas).
Subtipos: animal (medo de animais e insectos); ambiente natural (medo de situações do ambiente natural, como tempestades, trovoadas, alturas, águas profundas); sangue-injecções-ferimentos (medo de situações em que o indíviduo se confronta com a visão de sangue ou ferimentos, levar injecções ou outros padrões médicos invasivos; provoca desmaios); situacional (medo de situações específicas como transportes públicos, pontes, túneis, elevadores, espaços fechados, viajar de avião, ou conduzir); outro (grupo heterogéneo que envolve o medo de outros estímulos relacionados com o medo de situações que possam conduzir à asfixia, vómito, ou contrair doenças).
Incidência: mais frequente nas mulheres.
Sintomas: ansiedade excessiva; taquicardia (aumento do batimento cardíaco); palpitações; tremores; suores.
Causas: acontecimentos traumáticos de infância; experienciação da fobia noutra pessoa; teoria psicanalítica (impulsos reprimidos e inconscientes reflectem-se em medos, aparentemente, injustificados);
Consequências: recorrência ao uso de substâncias como álcool, drogas ou tranquilizantes; ataques de pânico.
Diagnóstico: relato do próprio indivíduo/amigos/familiares.
Tratamento: ajuda especializada (identificação das "fontes " da ansiedade que provocam o medo; técnicas de relaxamento e controlo da ansiedade; exposição controlada e progressiva ao objecto fóbico; reestruturação dos pensamentos anómalos; promoção do entendimento e elaboração dos significados simbólicos da doença e dos sintomas desenvolvidos, bem como a elucidação dos ganhos secundários); hipnose; medicação; psicoterapia.

Agorafobia

Definição: medo de estar em espaços abertos ou no meio de uma multidão (não teme a multidão, mas sim, não conseguir sair do meio dela caso se sinta mal).
Sintomas: ansiedade antecipatória; tentativas de fuga; medo de morrer/enlouquecer/perder o controlo sobre si próprio; taquicardia; falta de ar; sudorese; náuseas; dor de estômago; diarreia, tremores, tonturas.
Causas: síndrome do pânico.
Consequências: ataques de pânico; diminuição da qualidade de vida; isolamento extremo (ao ponto de não sair de casa).
Diagnóstico: reconhecimento dos sintomas, dos comportamentos excêntricos e dos ataques de pânico.
Tratamento: terapia cognitiva comportamental; ansiolíticos e antidepressivos.
Curiosidades: o isolamento progressivo faz com que agorafobia se confunda com fobia social, mas enquanto alguém que sofre de fobia social teme locais públicos por recear ser observado e julgado (conseguindo frequentar esses espaços, mas esforçando-se por passar despercebido), o indivíduo agorafóbico teme não ter a quem recorrer caso se sinta mal, não conseguindo mesmo frequentar espaços lotados, ou apertados.

Fobia Social

Definição: transtorno de ansiedade social caracterizado por manifestações de alarme, tensão nervosa e desconforto desencadeadas pela exposição à avaliação social.
Incidência: puberdade.
Sintomas: tremor (mãos, pernas, voz), rubor, sudorese, tensão muscular; insegurança, timidez, ansiedade (por vezes, antecipatória – surge apenas por pensar na situação temida); ataques de pânico; calafrios; gaguez; tendência a evitar situações sociais (isolamento); mal-estar; diarreia; tonturas.
Causas: experiências de humilhação (depreciação, desvalorização, baixa de auto-estima); factores genéticos e bioquímicos.
Consequências: insegurança, ansiedade, isolamento, permanente estado de alerta, depressão, recorrência a álcool.
Diagnóstico: exposição do indivíduo às situações sociais receadas; reconhecimento pelo próprio indivíduo ou familiares/amigos da sua situação.
Tratamento: psicoterapia; medicação (calmantes); actividades de integração social de forma graduada e assistida.

Fobias Simples

Acrofobia: medo irracional de lugares altos (pode ser extremo e manifestar-se face a qualquer lugar alto, ou desaparecer face a lugares familiares). Pode ser perigosa pois há indivíduos que, ao ter ataques de pânico e não encontrarem uma forma racional de sair do lugar alto que se encontram, se suicidam. Há quem apresente acrofobia e não tenha medo, por exemplo, de andar de avião ou atravessar pontes.

Algofobia: medo incomum de se submeter a sensações dolorosas (medo de sentir dor). É um comportamento geralmente identificado em consultas médicas, em que os pacientes impedem o profissional de saúde de desenvolver os seus trabalhos terapêuticos.

Aracnofobia: medo de aracnídeos. Diminui a qualidade de vida na medida em que leva os indivíduos a evitarem certos destinos de férias, por exemplos, e a passarem o dia-a-dia alerta, evitando recantos onde possam existir aranhas. É uma fobia caracterizada por sintomas como respiração rápida, taquicardia e náuseas.

Claustrofobia: aversão ao confinamento. Os claustrofóbicos costumam evitar espaços fechados (elevadores, comboios, aviões, túneis) e até multidões (ainda assim, claustrofobia é o oposto de agorafobia, pois não as evitam pelas mesmas razões).

Dendrofobia: medo mórbido e irracional de árvores. Surge geralmente na infância, devido à sombra das árvores, à “estranha” forma dos ramos, associados a monstros.

Gefirofobia: medo de pontes ou viadutos. Os indivíduos sentem-se desconfortáveis e frequentemente tornam-se relutantes em fazer a travessia, procurando caminhos alternativos. Pode relacionar-se com o medo de alturas.

Hipnofobia: aversão desproporcional e persistente a dormir ou adormecer.

Lalofobia: aversão irracional de falar em público (relaciona-se com a fobia social – medo de ser julgado, observado).

Leucofobia: medo desmedido da cor branca. Associa-se ao medo do paranormal e de fantasmas.

Pantofobia: medo de todas as coisas (todos os medos e fobias num só). No seu estado máximo, domina a mente humana de forma a matar o indivíduo sem causas físicas reais - induz ao suicídio biológico.

Zoofobia: medo doentio de qualquer animal não-humano. Não deve ser confundido com o medo ajuizado de animais perigosos.

Doenças Mentais - Distúrbios Alimentares - Anorexia Nervosa, Anorexia Alcoólica, Anorexia Mirabilis, Bulimia, Obesidade, Pica, Ortorexia

Os desequilíbrios alimentares são caracterizados pelas opções extremistas que as pessoas adoptam para estilo e objectivo de vida.
Incidência: afecta todas as classes sociais e faixas etárias, mas incide, principalmente, no sexo feminino, na adolescência.
Causas: baixa auto-estima, sentimentos de culpa injustificados e ansiedade.
Sintomas: perder peso, ser rigoroso nas dietas, exercício físico exagerado.
Regra geral, os indivíduos têm consciência de que os seus comportamentos não são saudáveis, mas esta percepção é superada pela procura da “perfeição”.

Anorexia Nervosa

Definição: disfunção alimentar caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar (é importante esclarecer que “anorexia” apenas define um estado extremo de magreza devido à falta de apetite, enquanto “anorexia nervosa” corresponde ao distúrbio alimentar).
Incidência: na adolescência e no sexo feminino, principalmente.
Evolução: perda de peso progressiva, iniciada como uma dieta normal, e evoluindo para uma dieta radical e exagero de exercício físico.
Causas: factores biológicos, psicológicos e sociais (familiares e/ou culturais), normalmente especificados em problemas com a auto-estima, a imagem exterior, complexos, dificuldades com a sexualidade e/ou casos de abusos sexuais ou psicológicos.
Sintomas: descalcificação nos dentes, pele seca e amarelada, dores de cabeça, lábios secos, cabelos finos e ressecados, anemia, retardo no crescimento, perda exagerada de peso num curto espaço de tempo, amenorreia (falta de menstruação); extrema organização, responsabilidade, independência; rejeição de refeições, preocupação excessiva com as calorias dos alimentos (interesse pelo valor nutritivo), tentativas de melhorar a alimentação da família; permanecer horas em frente ao espelho; irritabilidade; prática excessiva de exercício físico, vómito intencional, jejum; toma de laxantes e diuréticos; dormir pouco e estudar em demasia.
Consequências: desnutrição, desidratação, anemia; redução da massa muscular; depressão; isolamento social; hipoglicemia; insuficiência renal; morte.
Diagnóstico: diagnostica-se a doença pelo reconhecimento/análise dos sintomas.
Tratamento: ajuda especializada focada no aumento de auto-estima, para que os pacientes possam recuperar a vontade de comer por si próprios; terapias individuais, em grupo ou familiar; internação caso seja necessário forçar a ingestão de alimentos hipercalóricos e/ou a introdução de antidepressivos.
Fonte: www.mundoeducacao.com.br http://www.cretatratamento.com/

Anorexia alcoólica

Definição: distúrbio proveniente do alcoolismo caracterizado pela falta de apetite devido ao uso excessivo de álcool. 
Incidência: entre os 20 e os 40 anos.
Consequências: redução da ansiedade, sede, ataxia (falta de coordenação dos movimentos).
Famosos: Amy Winehouse, Kirsten Dunst, Lindsay Lohan.

Anorexia Mirabilis

Definição: “miraculosa falta de apetite"; refere-se a mulheres que deixavam de comer em nome de Deus.
Causas: religião (acreditavam que não havia a necessidade de comer .
Sintomas: dietas extremas; jejuns indefinidos.
Consequências: desnutrição, desidratação, anemia, morte.
Tratamento: terapia.

Bulimia

Definição: disfunção alimentar caracterizada por períodos de alimentação em excesso, seguidos de sentimentos de culpa e tentativas de evitar o ganho de peso com jejuns, exercícios, vómitos auto-induzidos, laxantes e diuréticos.
Tipos: bulimia (tentam eliminar o excesso ingerido por vómitos ou laxantes); binge (não eliminam o excesso ingerido, acabando por engordar).
Incidência: 3 a 7% da população, afectando adolescentes (mulheres em 90% dos casos).
Causas: stress, traumas de infância, separações, perdas, baixa auto-estima, descontrolo.
Consequências: afecta as relações sociais; sangramentos no esófago devido aos vómitos; rompimento do estômago devido ao excesso ingerido com muita rapidez; constipação crónica, hemorróidas, mal-estar abdominal ou dores do intestino grosso devido ao uso de laxantes.
Diagnóstico: é difícil de diagnosticar bulimia na medida em que os indivíduos apresentam peso normal, levemente aumentado ou diminuído (mas não chegando à magreza da anorexia).
Tratamento: antidepressivos; psicoterapia (psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental, terapias de grupo, grupos de auto-ajuda, psicoterapias individuais)

Obesidade

Definição: doença crónica caracterizada pelo excesso de gordura acumulada.
Tipos: obesidade andróide, abdominal ou visceral (quando a gordura se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdómen); obesidade do tipo ginóide (quando a gordura se distribui, principalmente, na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas).
Incidência: 40% da população adulta sofre de excesso de peso; afecta todas as classes sociais e faixas etárias.
Sintomas: excesso de gordura corpórea.
Causas: património genético (predisposição para ganhar peso); ambiente socioeconómico, cultural e educativo; factores psicossociais (entende-se a obesidade como consequência de preconceitos – “comer para esquecer”); ambiente individual e familiar; dieta hipercalórica; sedentarismo.
Consequências: hipertensão arterial; arteriosclerose; insuficiência cardíaca congestiva; angina de peito; complicações metabólicas (diabetes, gota); dispneia (dificuldade em respirar); fadiga; apneia de sono (ressonar); embolismo pulmonar; litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula); carcinoma do cólon; infertilidade; amenorreia (ausência anormal da menstruação); incontinência urinária; carcinoma do endométrio; carcinoma da mama; carcinoma da próstata; hérnias; diminuição da qualidade de vida (problemas socioeconómicos e psicossociais - discriminação educativa, laboral e social; isolamento; depressão; perda de auto-estima); morte.
Diagnóstico: observação do paciente; cálculo do IMC (Índice da Massa Corporal = divisão do peso da pessoa (em kg) pela sua altura, elevada ao quadrado (em m²); abaixo de 20, considera-se a pessoa abaixo do peso normal; 20 a 24,9, peso normal; 25 a 29,9, sobrepeso; 30 a 39,9, obeso; acima de 40, obeso mórbido)
Tratamento: reeducação alimentar, diminuindo calorias e aumentado a actividade física; complementos alimentares; tratamento comportamental; medicação.
Prevenção: dieta alimentar equilibrada; actividade física regular; modo de vida saudável.

Pica

Definição: apetite de substâncias não alimentares (terra, barro, moedas, botões, carvão, giz, tecido,…) ou vontade anormal de ingerir produtos considerados ingredientes (farinha, batatas, milho…) em grandes quantidades.
Tipos: acufagia (ingerir objectos pontiagudos), amilofagia (comer amido/milho), auto-canibalismo (comer partes do corpo), cautopireiofagia (ingerir palitos de fósforo apagados), coniofagia (comer pó), emetofagia (comer vómito), geomelofagia (comer batatas cruas), geofagia (ingerir terra/solo), hematofagia (comer sangue), hialofagia (ingerir vidro), lithofagia (comer pedras), mucofagia (ingerir muco), pagofagia (comer gelo), trichofagia (comer cabelo/lã), urofagia (ingerir urina), xilofagia (comer madeira).
Incidência: grávidas e crianças, especialmente.
Causas: certas sociedades inserem pica como um costume cultural para satisfazer certas deficiências físicas, como anemia.
Consequências: asfixia (certas substâncias ingeridas bloqueiam a passagem de ar); intoxicação alimentar; morte.
Tratamento: medicamentos, vitaminas, terapia.

Ortorexia

Definição: preocupação exacerbada com alimentação saudável.
Incidência: mulheres (adolescentes e adultas), principalmente.
Sintomas: obsessão com uma alimentação saudável; consumo de alimentos saudáveis apenas.
Consequências: isolamento; a capacidade de desempenhar trabalhos torna-se comprometida à medida que a sua mente se ocupa cada vez mais com a dieta e os alimentos; anemia e carência vitamínica.
Tratamento: terapia nutricional; psicoterapia.

domingo, 22 de maio de 2011

Doenças Mentais - Transtorno Obsessivo-Compulsivo

Definição: distúrbio de ansiedade caracterizado por alterações comportamentais (rituais, compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (obsessões com dúvidas, preocupações excessivas) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão).
Sintomas: preocupação com doenças ou com o corpo, higiene, simetria, sequências ou alinhamento; impulsos de agredir os outros; preocupação em guardar coisas inúteis ou economizar; pensamentos supersticiosos; isolamento; ansiedade; depressão; dificuldade em confiar nos outros; perfeccionismo.
Consequências: depressão/stress (muitas vezes causados pelo reconhecimento pelo próprio paciente de que os seus comportamentos são exagerados e infundados, mas incontroláveis.
Tratamento: psicoterapia cognitivo-comportamental (promove o controlo e reavaliação dos pensamentos irracionais que culminam nas compulsões e ensina estratégias que visam controlar e mudar os comportamentos compulsivos); medicamentos (controlo da ansiedade); dessensibilização (redução gradual dos rituais do paciente, quebrando-lhe os hábitos fortes que ele converteu em padrões, com o cuidado de os substituir por outros mais adequados para ele e para a sua vida).
Cuidados: auxílio dos familiares e amigos, no relato aos médicos dos sintomas que passaram despercebidos e no apoio ao paciente.

Doenças Mentais - Co-Dependência

Definição: estado emocional desenvolvido ao longo dos anos por um conjunto de regras e comportamentos disfuncionais
Sintomas: anulação de si mesmo enquanto pessoa; baixa auto-estima; permanente dependência em outros; na ausência de um relacionamento afectivo, deprime, deixa de comer/dormir, chora constantemente e sente que a relação terminou por culpa própria.
Tratamento: terapia.
http://recuperardasdependencias.blogs.sapo.pt/15762.html

sábado, 21 de maio de 2011

Doenças Mentais - Síndrome do Pânico

Definição: estado de extrema ansiedade sem causa aparente.
Incidência: afecta cerca de 2 indivíduos em cada 1000; maior frequência em mulheres, nomeadamente, adolescentes e idosas.
Evolução: tem por base um medo intenso, desmedido e incontrolável que vai tomando proporções assustadoras - cada crise aumenta a ansiedade e o medo da próxima, tornando a doença num ciclo.
Sintomas: taquicardia, calafrios, náuseas, dores no peito e no estômago, sensação de sufocamento, medo de morrer e de enlouquecer sem razão aparente, sensação de formigamento, fraqueza nas mãos.
Causas: psicológicas, sociais (alguém sem certezas do seu valor, com baixa auto-estima, torna-se insegura e frágil emocionalmente, sentindo-se “pobre” em recursos internos para sua autoprotecção); hiperactividade; disfunção de sistemas de alerta, reacção e defesa do SNC.
Consequências: isolamento; evita tudo o que possa provocar situação de medo, de forma cada vez mais ampla e genérica, a ponto de qualquer estímulo poder tornar-se uma ameaça; depressão.
Prognóstico: tanto melhor quanto mais cedo se iniciar o tratamento.
Diagnóstico: baseia-se no reconhecimento dos sintomas.
Tratamento: medicação associada à psicoterapia; métodos de relaxamento.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Doenças Mentais - Parkinson

Definição: doença neurológica degenerativa progressiva.
Evolução: ataca o cérebro e prolifera para a parte física e emocional.
Causas: degeneração dos neurónios devido a infecções, traumas, problemas vasculares, drogas, toxinas.
Sintomas: tremor, rigidez, bradicinesia (lentidão anormal dos movimentos voluntários), acinesia (paralisia, imobilidade), enfraquecimento dos reflexos de estabilização, marcha com passos curtos e ausência de oscilação do braço, sialorreia (hipersalivação), transpiração excessiva, vermelhidão na pele, fala monótona, postura encurvada, alteração de personalidade (apatia, ansiedade, demência, desorientação espacial, paranóia, psicose, alucinações, perda de concentração, dificuldade na formação de conceitos, depressão, distúrbios do sono, disfunção sexual, queda da pressão arterial ao ficar de pé, calafrios, prisão de ventre, anorexia, alterações visuais).
Diagnóstico: baseado no conhecimento dos sintomas típicos com o propósito de identificar os sintomas presentes e a extensão em que eles interferem com a função.
Tratamento: medicamentoso (para controlar a doença e os efeitos secundários dos medicamento principal, Levodopa); estímulos sensoriais (aumentam a velocidade do início dos movimentos e provocam uma melhoria na fala e deambulação); vinagre e amónia (activam músculos faciais); música (ajuda a estabelecer e manter um ritmo)
Cuidados: apoio familiar é fundamental.

Doenças Mentais - Munchausen

Definição: desordem psiquiátrica em que os afectados fingem doenças ou traumas psicológicos como pedido de atenção.
Tipos: “by proxy” (por procuração - quando um parente produz, intencionalmente, sintomas ao seu filho, fazendo com que este seja considerado doente, ou provocando activamente uma doença que requeira investigação e tratamento); “by self” (por si próprio); por intoxicação (munchausen caracterizada por repetidas intoxicações com alguma substância); por asfixia (munchausen caracterizada por asfixia auto-infligida, quase até à morte)
Evolução: começam por fingir dores, evoluindo para sintomas/doenças mais graves se ganharem confiança ao seres bem-sucedidos.
Sintomas: queixas de dores que não têm; produção intencional de sinais ou sintomas somáticos ou psicológicos (induzidos ou fingidos, auto-infligidos); exagero ou exacerbação de condições médicas gerais pré-existentes.
Diagnóstico: é facilmente diagnosticado quando é evidente a fabricação dos sintomas, a frequência em internações e os problemas psicológicos.
Tratamento: ajuda especializada.