segunda-feira, 16 de maio de 2011

Doenças Mentais - Depressão

Definição: desequilíbrio cognitivo-emocional que afecta a vida psíquica do indivíduo.

Tipos de Depressão: depressão maior (os pacientes apresentam desânimo, falta de prazer nas actividades diárias, alterações no apetite/sono, fadiga, sentimento de culpa, desconcentração e/ou ideias recorrentes de suicídio por, pelo menos, duas semanas, não estando associado a episódios maníacos, ou dependência em drogas, e comprometendo actividades importantes, como o trabalho ou relacionamentos pessoais); depressão crónica (apresenta os mesmo sintomas que a depressão maior, sendo estes menos intensos e perdurando mais tempo); depressão atípica (caracterizada por forte apetite, sono, aborrecimento, rejeição); depressão pós-parto (deve-se a perturbações do foro emocional e/ou hormonal); distúrbio afectivo sazonal (caracteriza-se por episódios anuais de depressão durante o outono/inverno, podendo desaparecer na primavera/verão, quando então tendem a apresentar uma fase maníaca); tensão pré-menstrual (o período pré-menstrual é caracterizado por depressão acentuada, irritabilidade e tensão, afectando entre 40 a 75% das mulheres em idade fértil apresentando sintomas semelhantes aos da depressão maior).

Incidência: 25% da população é sujeita a este distúrbio, incidindo principalmente na faixa dos 20 aos 50 anos. Atinge todas as classes sociais e faixas etárias, afectando duas vezes mais mulheres do que homens, devido às alterações hormonais.

Causas: alterações morfológicas e do funcionamento do cérebro pela falta de neurotransmissores (como serotinina, noradrenalina, dopamina) devido a factores genéticos, biológicos, medicamentosos, físicos (desequilíbrio hormonal), sociais (vulnerabilidade das classes sociais baixas, relações interpessoais pobres, desemprego, perda de um familiar, acontecimento traumático) e/ou devido a patologias (neurológicas, infecciosas, oncológicas). A falta destes neurotransmissores faz com que o cérebro diminua o seu desempenho, ficando mais “lento”. Os antidepressivos aumentam a disponibilidade dos neurotransmissores para que voltem aos seus níveis normais.

Sintomas: psicológicos (variações de humor e comportamento, vontade de chorar, perda de interesse e prazer nas actividades quotidianas, tristeza, desânimo, ansiedade, irritabilidade, pessimismo, dificuldade em tomar decisões, pensamentos de morte) e/ou físicos (dores de cabeça/costas/ombros, alterações no sono, fadiga, perda de apetite, desconcentração).

Sintomas nos jovens: ansiedade; tristeza; desconcentração; distúrbios alimentares; dependência de drogas; isolamento social; desmotivação; maus resultados escolares.

Sintomas nas crianças: perturbações no sono e alimentação; cólicas; birras; aparência depressiva; agitação psicomotora; alucinações auditivas; fobias.

Consequências: grande sofrimento para o doente e para os que o rodeiam; fobias; morte.

Diagnóstico: Não existem exames para detectar a doença. Diagnostica-se o distúrbio pela apresentação de certos sintomas característicos (tristeza, desmotivação, desinteresse), pelo que o médico deve ter o cuidado de realizar um diagnóstico diferencial quando lidando com crianças.

Tratamento: psicoterapia; fármacos (antidepressivos); terapia de electrochoques (eletroconvulsoterapia, estimulação magnética transcraniana), suplementos alimentares, actividades físicas e/ou controlo do sono. Deve ser personalizado após uma avaliação completa do paciente, variando o tipo de tratamento consoante os sintomas que os pacientes apresentar. Deve ser continuado por vários meses, mesmo após uma melhoria se verificar no paciente, de modo a evitar recaídas. É fundamental para que a doença não se torne crónica.

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