sexta-feira, 20 de maio de 2011

Doenças Mentais - Esquizofrenia

Definição: transtorno psíquico severo que provoca distúrbios mentais como alucinações.
Tipos de esquizofrenia: paranóide (caracterizada por um delírio paranóide; os doentes são desconfiados, podem sentir-se perseguidos, apresentam comportamentos maníacos podendo ter comportamentos agressivos); desorganizado (sintomas afectivos e alterações do pensamento são predominantes; pode ocorrer irritabilidade associada a comportamentos agressivos; existe um contacto muito pobre com a realidade); catatónico (predomínio de sintomas motores e alterações da actividade, desde um estado de cansaço até à excitação); indiferenciado (isolamento social; diminuição no desempenho laboral e intelectual; apatia e indiferença face ao mundo exterior); residual (isolamento social; cansaço afectivo; pobreza ao nível do conteúdo do pensamento); hebefrénica (incidência na adolescência, com grandes probabilidades de prejuízos cognitivos e socio-comportamentais).
Incidência: atinge 1% da população mundial, entre os 15 e os 25 anos, com proporção semelhante entre homens e mulheres, podendo ocorrer na infância ou na meia-idade.
Causas: multifactorial – teoria genética (o facto de a probabilidade de um indivíduo vir a sofrer de esquizofrenia aumentar se houver um caso na família, apoia a hipótese de que os genes podem desencadear o transtorno; além de que a concordância em gémeos monozigóticos é significativamente maior do que a encontrada em gémeos dizigóticos); teoria neurobiológica (esquizofrenia causada por alterações bioquímicas e estruturais do cérebro comprova-se por alguns dos sintomas característicos da esquizofrenia poderem ser desencadeados por fármacos); teoria psicanalítica (tem como base a teoria freudiana da psicanálise e a fase oral do desenvolvimento psicológico, defendendo que a doença poderia advir da ausência de relações interpessoais satisfatórias); teoria familiar (considera como causa mães possessivas e dominadoras, tendo a teoria sido desacreditada e relacionada com etiologias neuróticas e não com a psicose).
Sintomas: alterações do pensamento; alucinações (visuais, cinestésicas, auditivas); delírios; paranóia; transtornos graves de humor; dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas; perda ou diminuição das capacidades mentais; isolamento social; apatia; indiferença emocional
Prognóstico: incerto.
Diagnóstico: não se pode efectuar através da análise de parâmetros fisiológicos ou bioquímicos, e resulta apenas da observação clínica cuidadosa das manifestações do transtorno ao longo do tempo. É importante que o médico exclua outras doenças ou condições que possam produzir sintomas psicóticos semelhantes e identifique qual o subtipo de esquizofrenia em que o doente se encontra.
Tratamento: acompanhamento médico-medicamentoso (anti-psicóticos), psicoterapia, terapia ocupacional (individual ou em grupos), intervenção familiar, musicoterapia.
Cuidados: consultas regulares com o psicólogo; cuidado de conservar um ritmo de sono e vigília correcto com as horas de sono necessárias; evitar o stress; manter rotinas normais de higiene, alimentação, actividades físicas e de lazer; evitar substâncias psicoactivas; criar rotinas; evitar isolamento; praticar exercício físico; ter apoio, por parte da família;
Curiosidades: os esquizofrénicos podem apresentar sintomas depressivos, que nem sempre têm origem em aspectos biológicos ou neuroquímicos da doença. "O desapontamento e a desilusão perante os repetidos fracassos em manterem um emprego, em conseguirem voltar a estudar ou terem um grupo de amigos, tornam-se uma realidade incontornável", levando a sentimentos de frustração. Um outro aspecto associado à depressão na esquizofrenia é a questão do suicídio, que pode ter origem no sofrimento psíquico associado à própria vivência psicótica ou no aspecto crónico e recorrente da doença que afecta muitos jovens.

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