segunda-feira, 23 de maio de 2011

Fobias - Agorafobia, Fobia Social e Fobias Simples

Definição: medo ou aversão exagerada perante situações, objectos, animais ou lugares.
Tipos: agorafobia (medo de estar em lugares públicos concorridos, onde o indivíduo não possa retirar-se de uma forma fácil ou despercebida); fobia social (medo perante situações em que a pessoa possa estar exposta a observação dos outros, ser vítima de comentários ou passar perante uma situação de humilhação em público); fobia simples (medo circunscrito diante objectos ou situações concretas).
Subtipos: animal (medo de animais e insectos); ambiente natural (medo de situações do ambiente natural, como tempestades, trovoadas, alturas, águas profundas); sangue-injecções-ferimentos (medo de situações em que o indíviduo se confronta com a visão de sangue ou ferimentos, levar injecções ou outros padrões médicos invasivos; provoca desmaios); situacional (medo de situações específicas como transportes públicos, pontes, túneis, elevadores, espaços fechados, viajar de avião, ou conduzir); outro (grupo heterogéneo que envolve o medo de outros estímulos relacionados com o medo de situações que possam conduzir à asfixia, vómito, ou contrair doenças).
Incidência: mais frequente nas mulheres.
Sintomas: ansiedade excessiva; taquicardia (aumento do batimento cardíaco); palpitações; tremores; suores.
Causas: acontecimentos traumáticos de infância; experienciação da fobia noutra pessoa; teoria psicanalítica (impulsos reprimidos e inconscientes reflectem-se em medos, aparentemente, injustificados);
Consequências: recorrência ao uso de substâncias como álcool, drogas ou tranquilizantes; ataques de pânico.
Diagnóstico: relato do próprio indivíduo/amigos/familiares.
Tratamento: ajuda especializada (identificação das "fontes " da ansiedade que provocam o medo; técnicas de relaxamento e controlo da ansiedade; exposição controlada e progressiva ao objecto fóbico; reestruturação dos pensamentos anómalos; promoção do entendimento e elaboração dos significados simbólicos da doença e dos sintomas desenvolvidos, bem como a elucidação dos ganhos secundários); hipnose; medicação; psicoterapia.

Agorafobia

Definição: medo de estar em espaços abertos ou no meio de uma multidão (não teme a multidão, mas sim, não conseguir sair do meio dela caso se sinta mal).
Sintomas: ansiedade antecipatória; tentativas de fuga; medo de morrer/enlouquecer/perder o controlo sobre si próprio; taquicardia; falta de ar; sudorese; náuseas; dor de estômago; diarreia, tremores, tonturas.
Causas: síndrome do pânico.
Consequências: ataques de pânico; diminuição da qualidade de vida; isolamento extremo (ao ponto de não sair de casa).
Diagnóstico: reconhecimento dos sintomas, dos comportamentos excêntricos e dos ataques de pânico.
Tratamento: terapia cognitiva comportamental; ansiolíticos e antidepressivos.
Curiosidades: o isolamento progressivo faz com que agorafobia se confunda com fobia social, mas enquanto alguém que sofre de fobia social teme locais públicos por recear ser observado e julgado (conseguindo frequentar esses espaços, mas esforçando-se por passar despercebido), o indivíduo agorafóbico teme não ter a quem recorrer caso se sinta mal, não conseguindo mesmo frequentar espaços lotados, ou apertados.

Fobia Social

Definição: transtorno de ansiedade social caracterizado por manifestações de alarme, tensão nervosa e desconforto desencadeadas pela exposição à avaliação social.
Incidência: puberdade.
Sintomas: tremor (mãos, pernas, voz), rubor, sudorese, tensão muscular; insegurança, timidez, ansiedade (por vezes, antecipatória – surge apenas por pensar na situação temida); ataques de pânico; calafrios; gaguez; tendência a evitar situações sociais (isolamento); mal-estar; diarreia; tonturas.
Causas: experiências de humilhação (depreciação, desvalorização, baixa de auto-estima); factores genéticos e bioquímicos.
Consequências: insegurança, ansiedade, isolamento, permanente estado de alerta, depressão, recorrência a álcool.
Diagnóstico: exposição do indivíduo às situações sociais receadas; reconhecimento pelo próprio indivíduo ou familiares/amigos da sua situação.
Tratamento: psicoterapia; medicação (calmantes); actividades de integração social de forma graduada e assistida.

Fobias Simples

Acrofobia: medo irracional de lugares altos (pode ser extremo e manifestar-se face a qualquer lugar alto, ou desaparecer face a lugares familiares). Pode ser perigosa pois há indivíduos que, ao ter ataques de pânico e não encontrarem uma forma racional de sair do lugar alto que se encontram, se suicidam. Há quem apresente acrofobia e não tenha medo, por exemplo, de andar de avião ou atravessar pontes.

Algofobia: medo incomum de se submeter a sensações dolorosas (medo de sentir dor). É um comportamento geralmente identificado em consultas médicas, em que os pacientes impedem o profissional de saúde de desenvolver os seus trabalhos terapêuticos.

Aracnofobia: medo de aracnídeos. Diminui a qualidade de vida na medida em que leva os indivíduos a evitarem certos destinos de férias, por exemplos, e a passarem o dia-a-dia alerta, evitando recantos onde possam existir aranhas. É uma fobia caracterizada por sintomas como respiração rápida, taquicardia e náuseas.

Claustrofobia: aversão ao confinamento. Os claustrofóbicos costumam evitar espaços fechados (elevadores, comboios, aviões, túneis) e até multidões (ainda assim, claustrofobia é o oposto de agorafobia, pois não as evitam pelas mesmas razões).

Dendrofobia: medo mórbido e irracional de árvores. Surge geralmente na infância, devido à sombra das árvores, à “estranha” forma dos ramos, associados a monstros.

Gefirofobia: medo de pontes ou viadutos. Os indivíduos sentem-se desconfortáveis e frequentemente tornam-se relutantes em fazer a travessia, procurando caminhos alternativos. Pode relacionar-se com o medo de alturas.

Hipnofobia: aversão desproporcional e persistente a dormir ou adormecer.

Lalofobia: aversão irracional de falar em público (relaciona-se com a fobia social – medo de ser julgado, observado).

Leucofobia: medo desmedido da cor branca. Associa-se ao medo do paranormal e de fantasmas.

Pantofobia: medo de todas as coisas (todos os medos e fobias num só). No seu estado máximo, domina a mente humana de forma a matar o indivíduo sem causas físicas reais - induz ao suicídio biológico.

Zoofobia: medo doentio de qualquer animal não-humano. Não deve ser confundido com o medo ajuizado de animais perigosos.

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